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O papel da terapia hormonal na reversão do declínio cognitivo?

Terapia hormonal pode reverter o declínio cognitivo? A resposta para essa pergunta é sim!

O hormônio é o hidratante natural das células e células desidratadas são células que não produzem a quantidade de energia suficiente. E isso é fundamental para as células do sistema nervoso central. 

Nós só vivemos porque temos hormônios e os hormônios são fundamentais para todas as reações bioquímicas naturais do nosso corpo, inclusive foco, memória e concentração. 

A maioria das pessoas que desenvolvem doenças neurodegenerativas e também Alzheimer, Parkinson e Demência são pessoas de mais idade e isso tem uma ligação direta com deficiência hormonal. 

No artigo abaixo, explico melhor a ligação entre terapia hormonal e declínio mental e quais são os níveis hormonais que você deve buscar para ter uma vida saudável. Vamos conferir?

Hormônios e cognição

O estrogênio tem um papel significativo na saúde geral do cérebro e na função cognitiva. É por isso que tantos estudos focados na prevenção do declínio cognitivo consideram o efeito da redução dos níveis de estrogênio durante a transição da menopausa. 

Um novo estudo sugere um benefício cognitivo de uma janela reprodutiva mais longa complementada com terapia hormonal. Os resultados do estudo foram publicados no jornal da The North American Menopause Society (NAMS).

Como as mulheres representam dois terços dos casos de doença de Alzheimer, os pesquisadores há muito suspeitam que fatores específicos do sexo, como o estrogênio, podem contribuir para o aumento do risco da doença nas mulheres. 

Vários estudos sugeriram anteriormente um papel do estrogênio na promoção da memória e do aprendizado.

Além disso, neste mais recente estudo envolvendo mais de 2.000 mulheres na pós-menopausa, os pesquisadores acompanharam as participantes por um período de 12 anos para examinar a associação entre o estrogênio e o declínio cognitivo. 

Então, mais especificamente, eles se concentraram na duração da exposição de uma mulher ao estrogênio, levando em consideração fatores como o tempo da menarca até a menopausa, o número de gestações, a duração da amamentação e o uso de terapia hormonal.

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Carência de estrogênio

Embora homens e mulheres produzam estrogênio, é o principal hormônio sexual feminino e, portanto, as mulheres geralmente o produzem em maior quantidade. Quando as mulheres passam pela menopausa, seus corpos param de produzir tanto estrogênio.

Por outro lado, os homens continuam a produzir testosterona, o hormônio sexual masculino, ao longo de suas vidas. 

A testosterona  é, na verdade, convertida em estrogênio dentro das células cerebrais. Isso significa que as mulheres que passaram pela menopausa têm níveis mais baixos de estrogênio no cérebro do que os homens da mesma idade. 

Os pesquisadores concluíram que uma maior duração da exposição ao estrogênio está associada a um melhor estado cognitivo em mulheres adultas mais velhas. 

Além disso, documentaram que esses efeitos benéficos se estendem com o uso da terapia hormonal, principalmente nas mulheres mais velhas da amostra. 

Por exemplo, mulheres que iniciaram a terapia hormonal mais cedo apresentaram escores de testes cognitivos mais altos do que aquelas que começaram a tomar hormônios mais tarde, fornecendo algum suporte para a hipótese da janela crítica da terapia hormonal.

Estrogênio e o cérebro

O estrogênio afeta o cérebro de várias maneiras diferentes, algumas das quais os pesquisadores acreditam que podem ajudar a explicar como ele poderia proteger contra o Alzheimer. 

Por exemplo, um estudo com ratos descobriu que o estrogênio ajuda a aumentar o número de conexões em uma área específica do cérebro. 

Essa área do cérebro, chamada hipocampo, é importante para a memória e certos tipos de aprendizado, ambos afetados pela doença de Alzheimer. 

O estrogênio também pode afetar a maneira como substâncias químicas como a serotonina, a acetilcolina  e a dopamina são usadas para enviar sinais por todo o cérebro. 

Além disso, alguns dos sintomas da doença de Alzheimer estão ligados a problemas com o sistema de sinalização da acetilcolina, que pode estar conectado a diminuição dos níveis de estrogênio.

Efeitos protetores do estrogênio

A doença de Alzheimer é caracterizada por um acúmulo de proteínas β-amilóide no cérebro. Ou seja, a pesquisa mostrou que o estrogênio pode ajudar a proteger o cérebro da doença de Alzheimer, bloqueando alguns dos efeitos nocivos da proteína β-amilóide.

Ainda não sabemos exatamente como essas duas proteínas causam o mal de Alzheimer, mas achamos que é porque as células cerebrais são danificadas ou morrem.

Uma maneira pela qual o β-amiloide pode fazer isso é aumentando a produção de moléculas dentro das células, chamadas de radicais livres. 

Os radicais livres são um subproduto normal da produção de energia, mas muitos deles podem ser prejudiciais. O dano que esses radicais livres em excesso causam às células cerebrais tem sido relacionado ao Alzheimer.

Moléculas chamadas de antioxidantes atuam como um antídoto para os radicais livres, neutralizando-os para que não sejam mais prejudiciais. Estudos mostraram  que níveis mais altos de estrogênio podem reduzir uma série de radicais livres produzidos pelas células.

Os pesquisadores acreditam que o estrogênio pode fazer com que o corpo produza mais antioxidantes, protegendo as células cerebrais de danos. 

Mas isso poderia explicar por que a queda repentina nos níveis de estrogênio das mulheres após a menopausa parece torná-las mais vulneráveis ​​ao Alzheimer.

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Cuide da sua saúde

É fundamental regularizar e manter equilibrado os níveis hormonais é fundamental para nosso organismo e sistema neurológico.

Por isso, procure seu médico e veja os níveis hormonais no seu corpo, não importa sua idade. E eles precisam estar em níveis ótimos, para uma boa saúde e evitarmos o declínio cognitivo futuro.

Para saber mais sobre a ligação entre a terapia hormonal e o declínio cognitivo, confira também o vídeo que preparei para meu canal do Youtube dando o play abaixo!